Carrapato em equinos: riscos e formas de tratamento

Carrapato em equinos: riscos e formas de tratamento
2 semanas atrás

Os carrapatos são parasitas que se alimentam do sangue dos animais e podem transmitir diversas doenças causadas por vírus, bactérias e protozoários. Além de afetarem os cavalos, esses parasitas também podem trazer riscos à saúde humana, tornando-se um problema de saúde pública.

  1. Quais as principais espécies de carrapatos que acometem os equinos?

Os cavalos podem ser infestados por diferentes espécies de carrapatos, mas duas são as mais comuns:

  • Carrapato-estrela (Amblyomma sculptum)
  • Carrapato-da-orelha (Dermacentor nitens)

Embora esses carrapatos tenham os equinos como hospedeiros principais, eles também podem infestar outros animais e até mesmo humanos.

  • Conheça cada espécie e o risco que apresentam:
  • Carrapato-estrela (Amblyomma sculptum)

Esse carrapato é um dos mais preocupantes porque transmite a bactéria Rickettsia rickettsii, causadora da Febre Maculosa Brasileira (FMB). Além de ser um vetor dessa bactéria, o Amblyomma sculptum também funciona como um reservatório natural, mantendo a Rickettsia ativa na natureza e aumentando o risco de transmissão.

Nos cavalos, a infestação por essa espécie causa muito desconforto, coceira intensa e irritação na pele, além de favorecer infecções secundárias. Se não for controlado, pode comprometer a saúde e o bem-estar do animal.

  • Carrapato-da-orelha (Dermacentor nitens)

Essa espécie tem uma preferência muito específica: a região das orelhas dos cavalos. Ele também pode se instalar no períneo, na crina, divertículo nasal e em caso de infestações intenção outras partes do corpo.

Devido à sua predileção por parasitar a orelha, pode causar lesões permanentes na cartilagem auricular, o que pode reduzir o valor comercial do animal. Além disso, ferimentos causados pela picada desse carrapato facilitam o surgimento de bicheiras (miíases) e infecções secundárias.

Outro problema grave é que o Dermacentor nitens transmite a Babesia caballi, um dos agentes causadores da babesiose equina, doença que ataca os glóbulos vermelhos do sangue e pode levar à anemia severa, deixando o cavalo mais fraco e vulnerável a outras infecções, em casos mais graves, morte.

  • Controle de carrapatos em cavalos:

O método mais eficaz para combater carrapatos em equinos é o uso de produtos químicos específicos, como carrapaticidas aplicados por pulverização ou banho.

Como exemplo a pulverização com Beltox C, carrapaticida indicado no tratamento e infestação por larvas e ninfas do Amblyomma Sculptum, Dermacentor nitens e Rhipicephalus microplus.  

Outro medicamento veterinário da Indubras eficaz no combate aos carrapatos em equinos é o Tanicid. Ele é recomendado para os carrapatos presentes no pavilhão auricular dos equinos: Anocentor nitens.

Dicas para um controle seguro e eficaz:

  • Sempre siga as recomendações do fabricante quanto à diluição e aplicação dos produtos.
  • Evite o uso excessivo de carrapaticidas para não gerar resistência nos parasitas.
  • Tome cuidados para prevenir intoxicações nos animais e impactos ambientais.
  • Outro fator que merece sério cuidado, é o manuseio do carrapaticida pelos operadores no momento da aplicação, é importante seguir as recomendações básicas para o manuseio, evitando intoxicações.

Além do uso de produtos químicos, manter o ambiente limpo e livre de infestações é essencial para evitar que novos carrapatos apareçam.

Cuidar da saúde dos cavalos é fundamental para garantir seu bem-estar e desempenho. Fique atento à presença de carrapatos e adote as medidas preventivas para mantê-los longe!