Dia mundial da luta contra a raiva

Dia mundial da luta contra a raiva
4 meses atrás

Origem da data:

O Dia Mundial de Luta contra a Raiva, celebrado em 28 de setembro, é uma oportunidade global para destacar a importância da prevenção dessa doença fatal. A escolha dessa data não é por acaso: ela homenageia Louis Pasteur, pioneiro que desenvolveu a primeira vacina contra a raiva. Seu principal objetivo é conscientizar a população sobre os impactos da raiva tanto em humanos quanto em animais, além de reforçar a importância das medidas preventivas para evitá-la.

Sintomas:

O tempo entre o contato com um animal infectado e o surgimento dos sintomas da raiva pode variar. Esse período pode ir de alguns dias a até anos, sendo que, em média, os sinais aparecem cerca de 45 dias após a exposição em humanos e entre 10 dias e 2 meses nos cães. No caso das crianças, o tempo de incubação costuma ser mais curto em comparação aos adultos.

Os primeiros sintomas da raiva podem ser facilmente confundidos com os de uma gripe, são sintomas clínicos inespecíficos, incluindo cansaço, mal-estar, febre, dor de cabeça, irritabilidade e inquietude. No entanto, à medida que a doença avança, surgem complicações mais sérias, como alucinações, espasmos musculares involuntários, generalizados e/ou convulsões. Os espasmos musculares evoluem para um quadro de paralisia, levando a alterações cardiorrespiratórias, retenção urinária e obstipação intestinal.

Por que é tão perigoso?

A raiva é considerada uma das doenças zoonóticas mais perigosas devido à sua altíssima taxa de mortalidade após o surgimento dos sintomas. Trata-se de uma infecção viral transmitida principalmente pela saliva de animais infectados, seja por mordidas ou até mesmo pela lambedura em feridas, ou mucosas. Após o contato com a pele lesionada, o vírus penetra no corpo e viaja pelos nervos até atingir o cérebro, onde ataca diretamente o sistema nervoso central. Quando surgem sintomas neurológicos graves. A raiva é considerada letal em aproximadamente 100% dos casos após o início dos sintomas, reforçando a importância de medidas preventivas, como a vacinação de animais e o tratamento imediato após uma exposição suspeita. Sem prevenção adequada, a raiva quase sempre resulta em morte, tornando-a uma das doenças mais temidas no mundo veterinário e na saúde pública.

Tem tratamento?

O tratamento da raiva é bastante limitado, focando apenas no alívio dos sintomas e no conforto do paciente, uma vez que não há cura após o início dos sinais da doença. O manejo inclui sedação intensa e medidas de suporte para minimizar o sofrimento, mas, em geral, a maioria dos indivíduos falece poucos dias após a manifestação dos sintomas.

Entretanto, algumas pessoas e animais podem sobreviver à raiva, especialmente se receberem profilaxia com vacina e imunoglobulinas antes do aparecimento dos sintomas. Essa possibilidade é maior quando o atendimento médico é buscado imediatamente após a exposição ao vírus, aumentando consideravelmente as chances de um tratamento preventivo. Contudo, é importante ressaltar que, devido à letalidade quase total da raiva, a sobrevivência continua sendo extremamente rara, mesmo com o protocolo adequado. Além disso, os sobreviventes frequentemente enfrentam sequelas graves. A rapidez no início do tratamento é crucial, mas, uma vez que os sintomas se manifestam, as chances de recuperação são mínimas.

Como prevenir?

A raiva é uma doença que pode ser evitada 100% por meio da vacinação, tanto em humanos quanto em animais. Considerada a única Doença Tropical Negligenciada (DTN) com uma estratégia de prevenção eficaz, essa enfermidade causa a morte de mais de 59 mil pessoas anualmente em todo o mundo. A raiva está presente em todos os continentes, afetando aproximadamente 150 países, ressaltando a importância da imunização. Para garantir a proteção humana e animal, é essencial a vacinação anual. Além disso, evitar o contato com animais selvagens ou desconhecidos.

A conscientização e a vacinação são as melhores maneiras de combater essa doença fatal.

Equipe Técnica Indubras