Leishmaniose

Leishmaniose
3 meses atrás

O que é a Leishmaniose?

A Leishmaniose é uma doença infecciosa, mas não contagiosa causada por um parasita que pode afetar tanto animais quanto seres humanos. A transmissão ocorre através da picada de um pequeno inseto conhecido popularmente como mosquito-palha. Quando esse mosquito pica um animal ou uma pessoa infectada, ele pode carregar o protozoário e transmitir a doença para outras pessoas ou animais que picar posteriormente. Esse inseto, pertencente à família dos flebotomíneos, é caracterizado por sua coloração amarelada ou cor de palha, o que explica seu nome popular.

Existem duas principais formas de transmissão da Leishmaniose: pela picada do mosquito-palha infectado, que é a forma mais comum, e, em casos raros, por meio de transfusões de sangue ou compartilhamento de seringas contaminadas. A doença pode se manifestar de duas maneiras: a Leishmaniose cutânea, que afeta a pele e causa feridas, e a Leishmaniose visceral, que é mais grave e pode comprometer órgãos vitais, como o fígado e o baço.

Curiosidade: somente as fêmeas do mosquito-palha picam, pois elas precisam de sangue para nutrir e desenvolver seus ovos.

Sintomas Leishmaniose

Cães infectados com Leishmaniose podem apresentar sintomas como:

  • Fraqueza
  • Perda de peso
  • Lesões na pele, especialmente no focinho e nas orelhas
  • Crescimento exagerado das unhas.

No entanto, é importante lembrar que a doença pode se desenvolver de forma crônica, e alguns animais podem não apresentar sinais visíveis por um longo período. Por isso, manter as consultas regulares com o médico veterinário é essencial. Exames de sangue de rotina podem detectar alterações que indicam a presença da doença, permitindo um diagnóstico precoce e aumentando as chances de sucesso no tratamento.

Formas de tratamento

Após o diagnóstico feito pelo médico veterinário, o tratamento deve ser indicado de acordo com as necessidades específicas do animal. Os medicamentos indicados para tratamento devem ser administrados seguindo as orientações da bula e sempre sob a supervisão e acompanhamento contínuo do veterinário responsável, garantindo a segurança e a eficácia do tratamento.

Tem cura?

A Leishmaniose Visceral Canina não tem cura definitiva, ou seja, o parasita não é completamente eliminado do organismo. No entanto, o tratamento é fundamental para reduzir a quantidade de parasitas, o que alivia os sintomas da doença e diminui o risco de transmissão pelo mosquito.

Para garantir o sucesso do tratamento, é essencial que o cão retorne ao veterinário a cada quatro meses para avaliações. Nessas consultas, serão realizados exames de sangue e análises de células para monitorar a saúde do animal. Se for necessário, um novo ciclo de tratamento poderá ser iniciado.

Como prevenir?

As principais medidas de prevenção contra a Leishmaniose incluem:

  • Controlar a presença de flebotomíneos (mosquito transmissor) por meio da limpeza regular de quintais e terrenos, removendo folhas, galhos e outros resíduos;
  • Podar árvores para aumentar a incidência de luz solar no terreno, evitando áreas sombreadas que favorecem a proliferação do inseto;
  • Em cães utilizar coleiras repentes;
  • Em humanos utilizar medidas de proteção individual, como repelentes, especialmente no final da tarde e à noite, além de instalar telas em janelas, portas e usar mosquiteiros;
  • Realizar limpezas periódicas nos abrigos de animais domésticos, mantendo o ambiente livre de condições que atraiam o mosquito;
  • Promover a conscientização da sociedade por meio de ações educativas sobre saúde e prevenção da doença.

Curiosidade: Quais animais adoecem? Apenas cães?

Além dos cães, a Leishmaniose também pode afetar outros animais, como raposas, gambás e até gatos. No entanto, no Brasil, apenas os cães são considerados importantes na transmissão da doença, segundo a Organização Mundial da Saúde. Isso significa que, embora outros animais possam ser picados pelo mosquito transmissor, eles não são responsáveis por espalhar a doença como os cães. É importante lembrar que o mosquito se alimenta do sangue de vários animais, o que permite que ele sobreviva em áreas mal cuidadas, mesmo onde não há cães ou raposas presentes.

A conscientização e a manutenção de cuidados regulares com a saúde dos pets e os ambientes são fundamentais para minimizar o impacto desta doença. Com esforços contínuos e atenção, é possível combater a Leishmaniose e melhorar a qualidade de vida de todos os envolvidos.

Equipe Técnica Indubras